Comunidade de Práticas Femininas em ambientes Promotores de Inovação: Cocriação, Confiança e Internacionalização
Keywords:
Comunidades de Prática, Aprendizagem Colaborativa, Empreendedorismo Feminino, Capacidade Absortiva, InternacionalizaçãoAbstract
Em meio aos obstáculos enfrentados na articulação e na promoção de novidades nos ambientes brasileiros, as Comunidades de Prática (CoPs), surgem como locais estratégicos para intercâmbio de conhecimentos e colaboração na criação de valor. Neste estudo é analisado como o aprendizado colaborativo emCoPs lideradas por mulheres fortalece os ecossistemas de inovação no Paraná ao se concentrar em(i) a construção de confiança mútua, (ii) a cocriação de soluções tecnológicas e (iii) o acesso a redes de mentoria e internacionalização. Através de conversas mais informais com nove participantes distribuídos em três Ambientes Promotores de Inovação (APIs), foi adotada uma abordagem qualitativa exploratória juntamente com análise temática de conteúdo, que combinou depoimentos pessoais, documentos institucionais e observações feitas em campo. Os resultados apontam que a implementação de rituais estruturados de introdução e métodos colaborativos - como ciclos baseados no conceito do Duplo Diamante - não apenas aceleram significativamente o processo de prototipagem mas também fortalecem os repertórios coletivos dos envolvidos. Além disso, parcerias estabelecidas com organizações internacionais contribuem substancialmente para a capacidade absorvente e para a expansão global das iniciativas empreendedoras.São propostas diretrizes práticas para incubadoras e parques tecnológicos que envolvem celebrações de confiança especialistas facilitadores e abordagens mistas de interação a fim de potencializar a criatividade e a inclusão das mulheres.
Downloads
Referências
BARDIN, L.Análise de conteúdo. 3.reimp. da 1. ed. São Paulo: Edições 70, 2016.
BROWN, J. S.; DUGUID, P. Organizational learning and communities of practice: Toward a unified view of working, learning, and innovation.Organization Science, v. 2, n. 1, p. 40–57, 1991. Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2025.
BRUSH, C. G.; DE BRUIN, A.; WELTER, F.A gender-aware framework for women's entrepreneurship.International Journal of Gender and Entrepreneurship, v. 1, n. 1, p. 8–24, 2009.
DENZIN, N. K.The research act: a theoretical introduction to sociological methods. 2. ed. New York: McGraw-Hill, 1978.
DESIGN COUNCIL.The Double Diamond: a universally accepted depiction of the design process.Londres: Design Council, 2005.
DILLENBOURG, P. What do you mean by “collaborative learning”? In: DILLENBOURG, P. (ed.).Collaborative-learning: cognitive and computational approaches. Oxford: Elsevier, 1999. p. 1–19.
EAGLY, A. H.; CARLI, L. L.Through the labyrinth: the truth about how women become leaders. Boston, MA: Harvard Business School Press, 2007.
EDDLESTON, K. A.; POWELL, G. N.Nurturing entrepreneurs’ work-family balance: A gendered perspective.Entrepreneurship Theory and Practice, v. 36, n. 3, p. 513–541, 2012.
FLICK, U.Doing qualitative data collection – charting the routes. In: FLICK, U. (ed.).The
SAGE Handbook of Qualitative Data Collection.London: SAGE, 2018. p. 3–16. Disponível em: https://doi.org/10.4135/9781526416070. Acesso em: 23 maio 2025.
GEM GLOBAL.Global Entrepreneurship Monitor 2022/2023 Global Report: Adapting to a “New Normal”. London: GEM, 2023.
GUEST, G.; BUNCE, A.; JOHNSON, L.How many interviews are enough? An experiment with data saturation and variability.Field Methods, v. 18, n. 1, p. 59–82, 2006.Disponívelem:.Acessoem: 23maio 2025.
HAKANSSON, H.; SNEHOTA, I.Developing relationship in business networks. London: Routledge, 1995.
CHEN, G. M.Toward a universal model of intercultural communication competence.InternationalJournalof InterculturalRelations, v. 9, n. 3, p. 347–367, 1985. Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2025.
MEYER, K. E.International business research: Focusing on emerging economies.Journal of International Business Studies, v. 35, p. 309–328, 2004.Disponívelem:.Acessoem: 23maio 2025.
LO, C. W. H.Qualitative research: Bridgingthe conceptual, theoretical and methodological.Quality &Quantity, v. 52, p. 1203–1215, 2018. Disponível em:.Acessoem: 23maio 2025.
JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E.The internationalization process of the firm – a model of knowledge development and increasing foreign market commitments.Journal of International Business Studies, v. 8, p. 23–32, 1977.
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T.Cooperative learning: The foundation for active learning. In: BRITO, S. M. (ed.).Active learning: Beyond the future.IntechOpen, 2018. Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2025.
LAVE, J.; WENGER, E.Situated learning: Legitimate peripheral participation.Cambridge: CambridgeUniversity Press, 1991. Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2025.
LINCOLN, Y. S.; GUBA, E. G.Naturalistic inquiry. Thousand Oaks: SAGE, 1985. p. 289–331.
MAYER, R. C.; DAVIS, J. H.; SCHOORMAN, F. D.An integrative model of organizational trust. The Academy of Management Review, v. 20, p. 709–734, 1995.Disponívelem:.Acessoem: 23maio 2025.
MAYRING, P.Qualitative content analysis: Theoretical foundation, basic procedures and software solution.2014. Disponível em:.Acessoem: 15maio 2025.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H.The knowledge-creating company: How Japanese companies create the dynamics of innovation. New York: Oxford University Press, 1995.
PATTON, M. Q.Qualitative research & evaluation methods. 3. ed. Thousand Oaks: SAGE Publications, 1999.
PIQUÉ, J.; AUDY, J. L. N.Dos parques científicos e tecnológicos aos ecossistemas de inovação: Desenvolvimento social e econômico na sociedade do conhecimento. Brasília, DF: ANPROTEC, 2016. 26 p. Disponível em:. Acesso em: 10 maio 2025.
PRIKLADNICKI, R.; REIS, R. Q. (Coords.).Anais da Chamada de Trabalhos da 34ª ConferênciaAnprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação. São José dos Campos, SP:Anprotec; Sebrae, dez. 2024. ISBN 978-65-89414-04-9.
SAUNDERS, B. et al.Saturation in qualitative research: Exploring its conceptualization and operationalization.Quality &Quantity, v. 52, p. 1893–1907, 2018.
SEBRAE-SC.Relatório de Empreendedorismo Feminino em Tecnologia: análise 2016–2020. Florianópolis: SEBRAE-SC, 2021.
SILVA, M. de S.; OLIVEIRA, C. M. M. de.Empreendedorismo feminino no Brasil e as características comportamentais empreendedoras: uma breve revisão de literatura. Revista Foco, [S. l.], v. 16, n. 10, p. e3389, 2023. DOI: 10.54751/revistafoco.v16n10-125. Disponível em:.Acessoem: 13maio 2025.
STRAUSS, A.; CORBIN, J.Basics of qualitative research: Techniques and procedures for developing grounded theory. 2. ed. Thousand Oaks: SAGE Publications, 1998.
WENGER, E.Communities of practice: Learning, meaning, and identity. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
YIN, R. K.Case study research and applications: design and methods. 6. ed. Thousand Oaks: SAGE Publications, 2018.
ZAHRA, S. A.; GEORGE, G.Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, v. 27, n. 2, p. 185–203, 2002.
Downloads
Published
Issue
Section
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
