Habilidades Socioemocionais e Tecnologias Educacionais: Revisão Sistemática de Literatura

Authors

  • Fabiana Maris Versuti USP - RP
  • Rafael Lima Dalle Mulle USP - RP
  • Carlos Antônio Rodrigues Guerreiro USP - RP
  • Flavio Pinheiro Martins FEA-RP/USP
  • Deise Aparecida Peralta UNESP-FEIS

DOI:

https://doi.org/10.5753/rbie.2020.28.0.1086

Keywords:

Tecnologias Educacionais, Tecnologia da Informação e Comunicação, Tecnologia Digital da Informação e Comunicação, Habilidades Socioemocionais, Competências Socioemocionais

Abstract

O presente artigo realizou uma revisão sistemática de literatura relacionando tecnologias educacionais e habilidades socioemocionais. Para isto, foi utilizada a plataforma de evidências SUMARIZE. Foram realizadas buscas em 13 bases de dados: 238 artigos foram encontrados e após leitura dos resumos estruturados (screening), 25 artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra, ao final do processo restaram 10 artigos aceitos para revisão sistemática. O conceito de tecnologia educacional aqui considerado é o de um escopo amplo: toma por base abordagens "usuais" como aquelas relacionadas a digitalização (ambientes virtuais por exemplo), bem como a perspectiva ampliada sobre treinamentos e práticas para agentes educacionais. A síntese dos estudos permite observar um campo de intersecção dos saberes ainda em desenvolvimento com um espectro diverso de abordagens. Nota-se também a amplitude do conceito de tecnologia educacional tomado aqui como base e que transita de abordagens usuais como a dos ambientes virtuais de aprendizagem até a validação de escalas e treinamentos específicos para agentes educacionais. Assim sendo, verifica-se uma polissemia de sentidos acerca da temática, que gera obstáculos à produção baseada em evidências. Os achados deste estudo evidenciam que o aumento no discurso das políticas públicas educacionais acerca da relevância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais consideradas cruciais à promoção do sucesso na escola e na vida e ao desenvolvimento integral do indivíduo se deu de forma desarticulada com os avanços de investigações na área, e reiteram o distanciamento entre o conhecimento acadêmico e cotidiano escolar. Sendo assim, estudos desta natureza, com definição clara dos construtos não só são pertinentes, como são urgentes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abed, A. L. Z. (2016). O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. Construção psicopedagógica, 24(25), 8-27. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Amiel, T., Kubota, L., & Wives, W. (2016). A systemic model for differentiating school technology integration. Research in Learning Technology, 24. doi: 10.3402/rlt.v24.31856 [GS Search]

Amui, L. B. L., Jabbour, C. J. C., Sousa Jabbour, A. B. L., & Kannan, D. (2017). Sustainability as a dynamic organizational capability: a systematic review and a future agenda toward a sustainable transition. Journal of Cleaner Production, 142, 308-322. doi: 10.1016/j.jclepro.2016.07.103

Bolsoni-Silva, A. T. (2002). Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática à luz da análise do comportamento. Interação em Psicologia, 6(2), 233-242. doi: 10.5380/psi.v6i2.3311

Brasil (2017). Base Nacional Comum Curricular – Educação é a Base. Brasília, DF. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Brasil (2014). Senado Federal. Plano Nacional de Educação. Brasília, DF. Recuperado de: [Link].

Brasil (2013). Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, DF. Recuperado de: [Link].

Brasil (1996). Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Recuperado de: [Link].

Caballo, V.E. (2014). Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. São Paulo: Santos. [GS Search]

CASEL -The Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning. Recuperado de: casel.org.

Ciervo, T., & Silva, R. (2019). A centralidade das competências socioemocionais nas políticas curriculares contemporâneas no Brasil. Revista e-Curriculum, 17(2), 382-401. doi: 10.23925/1809-3876.2019v17i2p382-401

Coll, C. et al. (2010). Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 366 p. [GS Search]

Coelho, V. A., Marchante, M., Sousa, V., & Romão, A. M. (2016). Programas de intervenção para o desenvolvimento de competências socioemocionais em idade escolar: Uma revisão crítica dos enquadramentos SEL e SEAL. Análise Psicológica, 34(1), 61-72. doi: 10.14417/ap.966

Colagrossi, A. L. R., & Vassimon, G. (2017). A aprendizagem socioemocional pode transformar a educação infantil no Brasil. Construção psicopedagógica, 25(26), 17-23. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (Casel, 2012). Casel guide: Effective social and emotional learning programs - Preschool and elementary school edition. Chicago, IL: R. P. Weissberg, Goren, C. Domitrovich, & L. Dusenbury.

Cordova, E. N. (2017). Evolução da Ferramenta RESuLT para Auxiliar a Execução de Revisões Sistemáticas da Literatura. Universidade Federal De Santa Catarina. Florianópolis. [GS Search]

Davies, D., Jindal-Snape, D., Collier, C., Digby, R., Hay, P., & Howe, A. (2013). Creative learning environments in education—A systematic literature review. Thinking skills and creativity, 8, 80-91. doi: 10.1016/j.tsc.2012.07.004

Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2003). Aprendizagem socioemocional na infância e prevenção da violência: questões conceituais e metodologia da intervenção. In A. Del Prette & Z. A. P. Del Prette (Eds), Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem: questões conceituais, avaliação e intervenção (pp. 83-128). Campinas: Alínea. [GS Search]

Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (1999). Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação.Petrópolis: Vozes. [GS Search]

Doria, M.F., Boyd, E., Tompkins, E. L., & Adger, W. N. (2009). Using expert elicitation to define successful adaptation to climate change. Environmental Science & Policy, 12(7), 810-819. doi: 10.1016/j.envsci.2009.04.001

Dubey, R., Gunasekaran, A., Childe, S. J., Papadopoulos, T., & Fosso Wamba, S. (2017). World class sustainable supply chain management: critical review and further research directions. The International Journal of Logistics Management, 28(2), 332-362. doi: 10.1108/IJLM-07-2015-0112

EPPI-CENTRE (2006). EPPI-Centre methods for conducting systematic reviews. Recuperado de: [Link].

Fabbri, S., Hernandes, E. M., Di Thommazo, A., Belgamo, A., Zamboni, A., & Silva, C. (2012). Managing literature reviews information through visualization. In ICEIS (2) (pp. 36-45). [GS Search]

Feenberg, A. (1999). Questioning technology. London and New York: Routledge, 1999. [GS Search]

Galvão, C. M., & Sawada, N. O. (2003). Prática baseada em evidências: estratégias para sua implementação na enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 56(1), 57-60. doi: 10.1590/S0034-71672003000100012

Garnica, A. V. M (2013). História Oral e Educação Matemática. In: M. C. Borba; J. L. Brandão (Ed.). Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. (pp.87-110). 5. ed. Belo Horizonte: Autêntica.

Jabbour, C. J. C. (2013). Environmental training in organisations: From a literature review to a framework for future research. Resources, Conservation and Recycling, 74, 144-155. doi: 10.1016/j.resconrec.2012.12.017

Kitchenham, B. (2004). Procedures for performing systematic reviews. Keele, UK, Keele University, 33(2004), 1-26. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Kitzinger, J. (1994). The methodology of focus groups: the importance of interaction between research participants. Sociology of health & illness, 16(1), 103-121. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Knol, A. B., Slottje, P., van der Sluijs, J. P., & Lebret, E. (2010). The use of expert elicitation in environmental health impact assessment: a seven step procedure. Environmental Health, 9(1), 1-16. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Lopez, M. (2008). La integración de las habilidades sociales en la escuela como estrategia para la salud emocional. Revista Electrónica de Intervención Psicosocial y Psicología Comunitaria, 3(1), 16-19. [GS Search]

Marin, A. H., & Fava, D. C. (2016). Programas de intervenção no contexto escolar:revisão da literatura científica. In D. C. Fava (Ed), A prática da psicologia na escola: introduzindo a abordagem cognitivo-comportamental (pp. 325-350). Belo Horizonte: Ed. Artesã. [GS Search]

McClelland, M. M., Tominey, S. L., Schmitt, S. A., & Duncan, R. (2017). SEL interventions in early childhood. The Future of Children, 27(1) 33-47. Recuperado de: https://www.jstor.org/stable/pdf/44219020.pdf.

Morgan, M. G. (2014). Use (and abuse) of expert elicitation in support of decision making for public policy. Proceedings of the National academy of Sciences, 111(20), 7176-7184. doi: 10.1073/pnas.1319946111

Oliveira, F., & Gomes, A. S. (2015). Uma revisão sistemática da literatura sobre ferramentas de autoria de IMS-LD. In Brazilian Symposium on Computers in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE) (Vol. 26, No. 1, p. 376). doi: 10.5753/cbie.sbie.2015.376 [GS Search]

Pacheco, J. A. (2003). Políticas Curriculares: referenciais para análise. Porto Alegre: Artmed. [GS Search]

Pelgrum, W.J. (2001). Obstacles to the integration of ICT in education: results from a worldwide educational assessment. Computers & Education, 37(2), 163-178. doi: 10.1016/S0360-1315(01)00045-8

Petrucci, G. W., Borsa, J. C., & Koller, S. H. (2016). A Família e a escola no desenvolvimento socioemocional na infância. Temas em Psicologia, 24(2), 391-402. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Prensky, M. (2001). Nativos digitais, imigrantes digitais. On the horizon, 9(5), 1-6. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Ribeiro, A. E. (2016). Tecnologia digital e ensino: breve histórico e seis elementos para a ação. Revista Linguagem & Ensino, 19(2), 91-111. Recuperado de: [Link]. [GS Search]

Salomon, G. (2002). Technology and pedagogy: Why don't we see the promised revolution? Educational Technology, 42(2) 71- 75. Recuperado de: https://www.jstor.org/stable/44428740. [GS Search]

Souza, F. N., Costa, A. P., & Moreira, A. (2011). Análise de dados qualitativos suportada pelo software webQDA. In Atas da VII Conferência Internacional de TIC na Educação: Perspetivas de Inovação (pp. 49-56). [GS Search]

Veen, W. & Vrakking, B. (2009). Homo Zappiens: educando na era digital. Trad. de Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed. [GS Search]

Wilkinson, S. (1998). Focus group methodology: a review. International journal of social research methodology, 1(3), 181-203. doi: 10.1080/13645579.1998.10846874

Archivos adicionales

Published

2020-12-20

Cómo citar

VERSUTI, F. M.; MULLE, R. L. D.; GUERREIRO, C. A. R.; MARTINS, F. P.; PERALTA, D. A. Habilidades Socioemocionais e Tecnologias Educacionais: Revisão Sistemática de Literatura. Revista Brasileña de Informática en la Educación, [S. l.], v. 28, p. 1086–1104, 2020. DOI: 10.5753/rbie.2020.28.0.1086. Disponível em: https://journals-sol.sbc.org.br/index.php/rbie/article/view/3993. Acesso em: 7 jul. 2024.

Issue

Section

Número Especial :: Mapeo y RSL - Tecnologías en la Educación Básica

Artículos más leídos del mismo autor/a