“Eu fiz meu game”: um framework para desenvolvimento de jogos por crianças

Authors

  • Adriana Gomes Alves Univali-Universidade do Vale do Itajai
  • Regina Célia Linhares Hostins Univali-Universidade do Vale do Itajai
  • André Luis Alice Raabe Univali-Universidade do Vale do Itajai

DOI:

https://doi.org/10.5753/rbie.2019.27.02.218

Keywords:

Inclusão escolar, Framework, Práticas inovadoras, Jogos digitais, Educação

Abstract

Discute-se neste artigo o framework “Eu fiz meu game” o qual foi construído para o desenvolvimento da criatividade por meio de criação de jogos digitais por e com crianças no contexto de inclusão escolar. O framework emprega abordagens do design participativo propiciando o protagonismo da criança em todas as atividades, por meio de técnicas diferenciadas como cartões de ideias, w-questions cards, brainstorm, desenho, design experimental, implementação, dentre outras. A metodologia de pesquisa foi o Design-based Research, abordagem que considera profunda colaboração entre pesquisadores e participantes no sentido de alcançar os objetivos teóricos e práticos da investigação. Participaram da pesquisa quatro crianças de nove anos de idade – dentre as quais duas com deficiência intelectual -, em parceria com pesquisadoras e acadêmicos das áreas da Educação, Ciência da Computação e Design de Jogos. A pesquisa partiu da compreensão de que a participação das crianças, notadamente as com deficiência intelectual, na construção dos jogos, e não somente no jogar, possibilita o desenvolvimento da imaginação e criatividade na infância e consequentemente das funções psicológicas superiores, necessárias ao pensamento complexo, aliando os conceitos do design participativo às concepções de aprendizagem e desenvolvimento do campo da psicologia histórico-cultural desenvolvida por Vigotski. O estudo evidenciou que a produção de um jogo digital sustentado em um framework colaborativo favoreceu a aprendizagem das crianças, especialmente aquelas com deficiência intelectual, as quais viveram a experiência de interação e de criação em atividades de jogos, ampliando seu universo de imaginação e materialização de sua criatividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alves, A. G. (2017). Eu fiz meu game: um framework para criação de jogos digitais por crianças. Itajaí: 283 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade do Vale do Itajaí. Disponível em: [Link]

Alves, A. G., Cathcart, K. P., & Hostins, R. L. (2014). Jogos digitais acessíveis como instrumento de elaboração conceitual na perspectiva da inclusão escolar. VI Congresso Brasileiro de Educação Especial, IX Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial. São Carlos. Acesso em 26 de 1 de 2016, disponível em [Link]. [GS SEARCH]

Alves, A. G., Hostins, R. L., & Raabe, A. A. (2017). Eu fiz meu game: um framework para desenvolvimento de jogos por crianças. Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação(VI Congresso Brasileiro de Informática na Educação). Doi: http://dx.doi.org/10.5753/cbie.wcbie.2017.2. [GS SEARCH]

Amiel, T., & Reeves, T. C. (2008). Design-Based Research and Educational Technology: Rethinking Technology and the Research Agenda. Journal of Educational Technology & Society, 11(4), pp. 29-40. Disponível em: [Link] [GS SEARCH]

Bamberg, M. (2012). NARRATIVE ANALYSIS. Em U.-D. Reips, & H. Cooper (Ed.), APA handbook of research methods in psychology: Research designs: Quantitative, qualitative, neuropsychological, and biological (Vol. 2, pp. 291-310). [GS SEARCH]

Baumgartner, E., Bell, P., Hoadley, C., Hsi, S., Joseph, D., Orrill, C., . . . Tabak, I. (January/February de 2003). Design-based research: an emerging paradigm for educational inquiry. Educational Researcher, 32(1), pp. 5-8. Acesso em 17 de 09 de 2016. Doi: https://doi.org/10.3102%2F0013189X032001005 [GS SEARCH]

Baxter, M. (2000). Projeto de Produto. São Paulo: Edgard Blücher.

Benton, L., Johnson, H., Ashwin, E., Brosnan, M., & Grawemeyer, B. (5 de 2012). Developing IDEAS: Supporting children with autism within a participatory design team. Proceedings of the 2012 ACM annual conference on Human Factors in Computing Systems - CHI '12. doi: http://doi.org/10.1145/2207676.2208650 [GS SEARCH]

BigStar Brinquedos. (2016). Novidades e Produtos. Acesso em 26 de 1 de 2016, disponível em BigStar:

Börjesson, P., Barendregt, W., Eriksson, E., & Torgersson, O. (2015). Designing technology for and with developmentally diverse children - A Systematic Literature Review. Proceedings of the 14th International Conference on Interaction Design and Children - IDC '15, pp. 79-88. doi: http://doi.org/10.1145/2771839.2771848 [GS SEARCH]

De Paula, B. H., Valente, J. A., & Hildebrand, H. R. (Janeiro/Março de 2016). Criar para aprender: Discutindo o potencial da criação de jogos digitais como estratégia educacional. (F. d. Mota, Ed.) TECNOLOGIA EDUCACIONAL - Ano LIV - 212 Janeiro / Março - 2016 Revista da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, p. 6-18., Ano LIV - 212, pp. 6-18. Acesso em 28 de 01 de 2017, disponível em [Link] [GS SEARCH]

Disney Entertainment. (2016). Where's my water. Acesso em 26 de 1 de 2016, disponível em Disney: [Link]

Foss, E., Guha, M. L., Papadatos, P., Clegg, T., Yip, J., & Walsh, G. (01 de 9 de 2013). Cooperative Inquiry Extended: Creating Technology with Middle School Students with Learning Differences. Journal of Special Education Technology, 28(3), 33 - 46. doi: http://doi.org/10.1177/016264341302800303 [GS SEARCH]

Herrington, J., Mckenney, S., Reeves, T. C., & Oliver, R. (2007). Design-based research and doctoral students: Guidelines for preparing a dissertation proposal. (C. M. Seale, Ed.) Proceedings of World Conference on Educational Multimedia, Hypermedia and Telecommunications, pp. 4089-4097. Fonte: [Link] [GS SEARCH]

Ibáñez, J. (2015). Inventame. Acesso em 09 de 02 de 2015, disponível em Inventame: http://inventame.org/

Li, Q. (2014). Learning through digital game design and building in a participatory culture: an enactivist approach (Vol. 14). New York: Peter Lang.

Marchetti, E., & Valente, A. (2015). Learning via Game Design: From Digital to Card Games and Back Again. The Electronic Journal of e-Learning, 13(3), pp. 167-18. Acesso em 1 de 10 de 2016, disponível em www.ejel.org [GS SEARCH]

Modesto, F. A., & Mustaro, P. N. (2014). Revisão Sistemática para estudo de Interação Criança-Computador. 3º Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2014) Workshops (WCBIE 2014), (pp. 554-563). Dourados. Acesso em 21 de 1 de 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.5753/cbie.wcbie.2014.554 [GS SEARCH]

Moll, L. C. (1996). Vygotsky e a educação: implicações pedagógicas da psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas.

Moser, C. (2015). Child-Centered Game Development. Salzburg, Áustria.

Muller, M. J., & Druin, A. (2010). Participatory design: the third space in HCI. Relatório Técnico, IBM. Acesso em 20 de 1 de 2016, disponível em [Link]

Novak, J. (2011). Desenvolvimento de Games (2 ed.). São Paulo: Cengage Learning.

Oliveira, M. K. (1995). Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio-histórico (2 ed.). São Paulo: Scipione.

Prensky, M. (2012). Aprendizagem baseada em jogos digitais (1 ed.). São Paulo: Senac São Paulo.

Read, C. J., & Markopoulos, P. (1 de 2013). Child–computer interaction. International Journal of Child-Computer Interaction, 1, pp. 2-6. doi: http://doi.org/10.1016/j.ijcci.2012.09.001 [GS SEARCH]

Schuytema, P. (2013). Design de Games: uma abordagem prática. São Paulo: Cengage Learning.

Silva, C., Hostins, R. C., & Mendes, R. d. (set./dez. de 2016). O lugar do Atendimento Educacional Especializado nas práticas culturais de escolarização em contextos de inclusão escolar. Revista Linhas, 17(35), pp. 10-29. [Link] [GS SEARCH]

Vigotski, L. S. (2010). Quarta Aula: a questão do meio na pedologia. Psicologia USP, 21(4), pp. 681-701.

Vigotski, L. S. (2014). Imaginação e criatividade na infância. (J. P. Fróis, Trad.) São Paulo: WMF Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2007). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores (7 ed.). (J. C. Neto, L. S. Barreto, & S. C. Afeche, Trads.) São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (1997). Obras Escogidas V: Fundamentos da defectología. Madrid: Visor Distribuiciones.

Vigotski, L. S. (2008). Pensamento e linguagem (4 ed.). São Paulo: Martins Fontes.

Wang, F., & Haffanin, M. J. (2005). Design-based research and technology-enhanced learning environments. Educational technology research and development, 5, pp. 1-6. doi: http://doi.org/10.1007/BF02504682 [GS SEARCH]

Arquivos adicionais

Published

2019-05-31

Como Citar

ALVES, A. G.; HOSTINS, R. C. L.; RAABE, A. L. A. “Eu fiz meu game”: um framework para desenvolvimento de jogos por crianças. Revista Brasileira de Informática na Educação, [S. l.], v. 27, n. 2, p. 218–238, 2019. DOI: 10.5753/rbie.2019.27.02.218. Disponível em: https://journals-sol.sbc.org.br/index.php/rbie/article/view/4750. Acesso em: 13 nov. 2024.

Issue

Section

Artigos Premiados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)