Avaliação de um Jogo Digital para o Ensino de Vocabulário Receptivo com Estudantes Público-Alvo da Educação Especial

Authors

  • Lincoln Satoru Sossida Sassaki Universidade Federal do ABC
  • Priscila Benitez Universidade Federal do ABC
  • André Luiz Brandão Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.5753/rbie.2020.28.0.626

Keywords:

Atendimento Educacional Especializado, Desenho Universal, Educação Inclusiva, Público-alvo da educação especial, Tecnologia Assistiva, Vocabulário Receptivo

Abstract

A aplicação de jogos digitais sérios tem favorecido tanto o ensino de vocabulário receptivo como a interação humano-computador para estudantes com diversos repertórios comportamentais, sendo considerado um recurso de Tecnologia Assistiva (TA) que fomenta a aprendizagem de vocabulário receptivo e pode incrementar o ensino no Atendimento Educacional Especializado (AEE). O estudo teve como objetivo avaliar se o uso de um jogo digital sério seria suficiente para avaliar e ensinar vocabulário receptivo, em uma situação naturalística, a partir da perspectiva do professor do AEE, com estudantes com repertórios comportamentais variados (como nos casos de deficiência intelectual, síndrome de Down, transtorno do espectro autista e paralisia cerebral). O jogo foi aplicado com oito estudantes. O procedimento de ensino foi constituído por quatro fases: verificou-se o interesse e disponibilidade da professora do AEE para participar do projeto; aplicou-se o pré-teste, em que os estudantes jogaram sem nenhuma instrução adicional; os alunos jogam com acompanhamento e dicas da professora do AEE; e, por último, os estudantes jogaram sem nenhuma instrução adicional (pós-teste), e foi avaliada a percepção da professora em relação ao jogo. Cinco estudantes foram excluídos por apresentarem desempenho máximo no préteste. Os resultados evidenciaram que o jogo pode servir enquanto recurso a ser aplicado no AEE, pelos professores da Educação Especial, nas escolas regulares, além de ensinar vocabulário receptivo para os estudantes com deficiência e transtorno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Araújo, M. V. M. et al. (2010). Avaliação do vocabulário receptivo de crianças pré-escolares. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(2), 169-176. [DOI: 10.1590/S0103-166X2010000200004] [GS Search]

Armonia, A. C. M. et al. (2015). Relação entre vocabulário receptivo e expressivo em crianças com transtorno específico do desenvolvimento da fala e da linguagem. Revista CEFAC, 17(3), 759-765. [DOI: 10.1590/1982-021620156214] [GS Search]

Benitez, P., & Domeniconi, C. (2012). Verbalizações de familiares durante aprendizagem de leitura e escrita por deficientes intelectuais. Estudos de Psicologia, 29(4), 553-563. [DOI: 10.1590/S0103-166X2012000400010] [GS Search]

Benitez, P., & Domeniconi, C. (2016). Consultoria colaborativa: estratégias para o ensino de leitura e escrita. Psicologia: teoria e prática, 18(3), 141-155. [GS Search]

Brasil. (2004). Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as leis 10.048 e 10.098 de 2000. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm]. Acesso em: 24 fev. 2019.

Brasil. (1996/2013). Lei 9394/96–Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm]. Acesso em: 24 fev. 2019.

Brasil. (2016). Decreto no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 2015. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm]. Acesso em: 10 abr. 2017.

Brandão, A., Brandão, L., Nascimento, G., Moreira, B., Vasconcelos, C. N., Clua, E. (2010a). JECRIPE: stimulating cognitive abilities of children with Down Syndrome in pre-scholar age using a game approach. Proceedings of the 7th International Conference on Advances in Computer Entertainment Technology, 15-18. [DOI: 10.1145/1971630.1971635] [GS Search]

Brandão, A., Trevisan, D., Brandão, L., Moreira, B., Nascimento, G.,Vasconcelos, C. N., Clua, E. & Mourão, P. (2010b). Semiotic Inspection of a Game for Children with Down Syndrome. Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment, Florianopolis, 199-210. [DOI: 10.1109/SBGAMES.2010.24] [GS Search]

Brandão, A. L., Fernandes, L. A. F., Trevisan, D., Clua, E., & Strickery, D. (2014). Jecripe: how a serious game project encouraged studies in different computer science areas. IEEE 3nd International Conference on Serious Games and Applications for Health (SeGAH), 1-8. [DOI: 10.1109/SeGAH.2014.7067077] [GS Search]

Brandão, A., & Joselli, M. (2015). Jecripe 2: estimulação da memória, atenção e sensibilização fonológica em crianças com Síndrome de Down. In Proceedings of the XIV Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment, SBGAMES (Vol. 15, pp. 518-525). [GS Search]

Brasil. (2008). Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educaçao Inclusiva. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192] Acesso em 12 jan 2018.

Camargo, E. P. (2017). Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Ciência & Educação, 23(1), 1-6. [DOI: 10.1590/1516-731320170010001] [GS Search]

Cardoso, A. et al. (2013). Tabuada Legal: um jogo sério para o ensino de multiplicações. Anais do II Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2013), 376 – 385. [DOI: 10.5753/CBIE.SBIE.2013.376] [GS Search]

Colombo, R. C., & Cárnio, M. S. (2018). Compreensão de leitura e vocabulário receptivo em escolares típicos do ensino fundamental I. CoDAS, 30(4), 1-8. [DOI: 10.1590/2317-1782/20182017145] [GS Search]

Cozby, P. C. (2009). Métodos de Pesquisa em Ciências do Comportamento (P. I. C. Gomide, E. Otta, & J. de O. Siqueira, Transl.). São Paulo: Atlas.

Espote, R., Serralha, C. A., & Scorsolini-Comin, F. (2013). Inclusão de surdos: revisão integrativa da literatura científica. Psico-USF, 18(1), 77-88.

[DOI: 10.1590/S1413-82712013000100009] [GS Search]

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.

Freitas, V. C. B., & Adamatti, D. (2016) Educa Direito: Um Jogo Sério para o Ensino de Direito do Trabalho. Revista Brasileira de Informática na Educação, 24(3), 1-15. [DOI: 10.5753/rbie.2016.24.3.1] [GS Search]

Mendes, E. G. (2019). A Política de Educação Inclusiva e o Futuro das Instituições Especializadas no Brasil. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, 27 (22). [DOI: 10.14507/epaa.27.3167] [GS Search]

Nalom, A. F. O. et al. (2015). A relevância do vocabulário receptivo na compreensão leitora. CoDAS, 27(4), 333-338. [DOI: 10.1590/2317-1782/20152015016] [GS Search]

Rocha, R. V. et al. (2016). Metodologia de Desenvolvimento de Jogos Sérios: especificação de ferramentas de apoio open source. Revista Brasileira de Informática na Educação, 24(3), 109-124. [DOI: 10.5753/rbie.2016.24.3.109] [GS Search]

Rosa, D. L. (2007). A Escola e a Formação do Sujeito Moral: Possibilidades e Limites da Instituição Escolar. Revista entre ideias: educação, cultura e sociedade, 6(5), 13-26. [GS Search]

Togashi, C. M., & Walter, C. C. F. (2016). As Contribuições do Uso da Comunicação Alternativa no Processo de Inclusão Escolar de um Aluno com Transtorno do Espectro do Autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(3), 351-366. [DOI: 10.1590/S1413-65382216000300004] [GS Search]

Arquivos adicionais

Published

2020-10-11

Como Citar

SASSAKI, L. S. S.; BENITEZ, P.; BRANDÃO, A. L. Avaliação de um Jogo Digital para o Ensino de Vocabulário Receptivo com Estudantes Público-Alvo da Educação Especial. Revista Brasileira de Informática na Educação, [S. l.], v. 28, p. 626–643, 2020. DOI: 10.5753/rbie.2020.28.0.626. Disponível em: https://journals-sol.sbc.org.br/index.php/rbie/article/view/3689. Acesso em: 22 nov. 2024.

Issue

Section

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)